Évora é Património Mundial há 39 anos A data foi assinalada ontem, 25 de novembro, com uma sessão pública evocativa no Salão Nobre dos Paços do Concelho

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“A marca da classificação do Centro Histórico de Évora, que hoje celebramos, é uma marca maior que
a todos nos orgulha e obriga”, declarou o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Zorrinho,
na intervenção que encerrou a sessão que celebrou o 39.o aniversário da classificação, pela UNESCO,
do centro histórico de Évora como Património Mundial.
Enfatizando a importância do dia 25 de novembro para Évora, Carlos Zorrinho assinalou que esta data “marca um
dia em que uma geração sinalizou um caminho percorrido em séculos de história. O nosso 25 de novembro só foi
possível pelo trabalho continuado de gerações e gerações, por sonhos, projetos, ilusões e desilusões, pela
afirmação plena da vontade de quem pisou o chão onde foi desflorando o nosso centro histórico.” A necessidade
de um plano de salvaguarda com ações concretas para o centro histórico, foi também referida pelo autarca
eborense.
No Salão Nobre dos Paços do Concelho, perante um vasto conjunto de entidades, o autarca sublinhou o papel
ímpar de Abílio Fernandes, “o Presidente da Câmara que liderou este projeto estruturante para a nossa cidade e
para a região.” A coincidência de que, também no dia de ontem, a cidade tenha recebido uma visita da Comissão
de Acompanhamento da Capital Europeia da Cultura Évora_2027, serviu para reforçar a ideia de o “Vagar ser um
estado que nos permite desconectar e reconectar”, salientou o Presidente da Câmara.
Como oradores, a sessão contou com Ana Paula Amendoeira, vice-presidente da CCDR-Alentejo para a Cultura;
Filipe Marchand d’Orey, coordenador do dossier de candidatura, e José Filipe Moraes Cabral, Presidente da
Comissão Nacional da UNESCO. Nos seus discursos, estes responsáveis contaram a história do processo de
candidatura e lançaram a discussão sobre os desafios futuros do Centro Histórico de Évora.
A cerimónia contou com um momento musical assegurado pela associação Eborae Música.
Recorde-se que o centro histórico de Évora foi o segundo a ser reconhecido, em Portugal, como Património
Mundial da Humanidade pela UNESCO (1986), depois de Angra do Heroísmo (1983). Na sua declaração de valor,
esta organização considerou a capital alentejana como “o melhor exemplo de cidade da idade de ouro portuguesa,
após a destruição de Lisboa pelo terramoto de 1755.”