Municípios do Lago Alqueva rejeitam projeto fotovoltaico flutuante e alertam para impacto no turismo

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Os municípios de Reguengos de Monsaraz, Portel, Moura, Alandroal e Mourão, juntamente com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, reuniram no dia 24 de novembro com a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, para manifestarem o seu desagrado e oposição à implementação do projeto solar fotovoltaico flutuante do Alqueva. A reunião decorreu no Ministério do Ambiente e Energia e foi solicitada pela ATLA – Associação Transfronteiriça do Lago Alqueva, que representa os municípios portugueses e espanhóis abrangidos pelo regolfo do lago da Barragem de Alqueva.

 

O projeto solar fotovoltaico flutuante do Alqueva pretende ocupar dezenas de hectares da albufeira e de acordo com os autarcas vai causar um impacto negativo na atividade turística da região. Francisco Grilo, Vice-presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, participou na reunião e considera que “este projeto, se for implementado em cerca de 80 hectares próximo de Moura e de Portel, vai afastar os turistas que apreciam os desportos náuticos e que querem passear de barco no maior lago artificial da Europa, pois para além das zonas que vão ficar interditas à navegação, o impacto visual é terrível”.

 

O autarca afirma que “a instalação deste megaprojeto vai comprometer a imagem distintiva do Lago Alqueva, que assenta na tranquilidade paisagística e na fruição plena da albufeira, porque estruturas flutuantes de grandes dimensões vão criar um cenário industrial que contraria a estratégia de promoção turística construída pelos municípios durante duas décadas”. Francisco Grilo defende que “o projeto solar fotovoltaico pode afastar futuros investimentos turísticos e coloca em risco investimentos públicos e privados realizados para qualificar a oferta turística no lago, pois diversos empresários do setor já manifestaram a sua preocupação com a possibilidade de perda de visitantes e cancelamento de atividades recreativas”.