Acidentes de trabalho: Mortes diminuíram em 2009 no Baixo Alentejo
O Baixo Alentejo registou em 2009 menos cinco mortes em acidentes de trabalho do que no ano anterior, o que, segundo o responsável regional da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), “confirma a tendência de diminuição dos últimos anos”.
“Embora seja de lamentar qualquer acidente mortal, o que é facto é que 2009 vem confirmar aquilo que se tem verificado nos últimos anos – e isto é um aspecto bastante positivo -, que é uma diminuição muito significativa no número de acidentes mortais”, disse hoje à agência Lusa Carlos Graça.
No Baixo Alentejo, que engloba o distrito de Beja e os concelhos do Litoral Alentejano integrados no distrito de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines), em 2009 houve dois acidentes mortais, quando em 2008 foram registados sete pela ACT.
Ao contrário do resto do país, onde a maior parte dos acidentes mortais ocorre no sector da construção civil, segundo avançou o director regional do Alentejo da ACT, nesta região é a actividade agrícola a maior responsável pelas mortes em local de trabalho, tendo sido o caso das duas ocorrências em 2009.
“É uma situação a que estamos atentos. Pese embora se tenham conseguido efectivos progressos em termos de sinistralidade, ainda é o sector que nos dá mais preocupações”, referiu o responsável.
Contudo, Carlos Graça destacou o facto de “o número de acidentes ter vindo progressivamente a diminuir”, considerando que tal se deve a “vários factores”, como ao “papel preventivo e inspectivo da ACT” e à “melhoria na Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) dentro das próprias empresas”.
“A ACT tem duas grandes componentes, a inspectiva e a preventiva, com técnicos especializados numa e noutra área e nos últimos dois anos tem sido feito, por parte da prevenção, um trabalho muito grande em termos de difusão de boas práticas e de intervenção junto das empresas”, assegurou.
Carlos Graça salientou ainda “a melhoria das condições dentro das próprias empresas, com implementação dos serviços de SHST, bem como uma cultura e formação dos trabalhadores que é substancialmente diferente daquela que havia há uns anos atrás”.
AYN.
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