Apicultores formam Associação em Mora

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Mel com a marca de Mora vai ser uma realidade com a recém constituída Associação dos Apicultores do Concelho de Mora (APIMORA)

Com 20 sócios esta associação surge numa altura em que a apicultura se afigura cada vez mais como uma actividade complementar permitindo a obtenção de rendimento extra numa altura de crise económica.

Sendo já o Concelho de Mora rico em produção de mel, este foi apenas um passo que faltava dar para que mais produtores fossem identificados e se sentissem motivados a participar nesta prática, segundo palavras da Presidente da APIMORA, Custódia Casanova, que não esconde a possibilidade de se criar uma marca do Mel de Mora.

A APIMORA tem na manga projectos, como refere a Presidente, “desdramatizar tudo o que envolve a actividade da apicultura”, “incentivar os jovens para este tipo de trabalho e investimento no futuro”, “aumentar o número de sócios apicultores”, “promover sessões de esclarecimento junto das populações no sentido de as elucidar para os benefícios da apicultura”.

Custódia Casanova afirmou ainda que gostaria que a APIMORA estimula-se os apicultores para a exploração de outros produtos mais valiosos que o mel, como é o caso do veneno da abelha. Tratando esta actividade de uma área dominada por homens, a APIMORA não só é representada por uma mulher, como também conta com algumas mulheres a gerir esta laboração. Custódia Casanova refere que “a sensibilidade das mulheres é necessária à apicultura”.

O contexto para a criação desta entidade prende-se com o facto dos bens produzidos pelas diversas actividades florestais sustentam uma importante cadeia de serviços, que fortalece o sector económico, contribuindo significativamente para a riqueza nacional. De entre os diversos bens e serviços associados à floresta, destaca-se a apicultura como sendo uma actividade de extrema importância económica e social.

Mora é o concelho a Sul do Tejo que apresenta maior densidade florestal. Cerca de 65,6 % do território tem ocupação florestal, sendo na sua maioria constituída por montados de sobro e azinho (33,4% e 29,2 %, respectivamente). O valor acrescentado dos montados vai para além da exploração da cortiça. A apicultura, a recolha de cogumelos comestíveis, a exploração agro-pecuária e de recursos cinegéticos bem como as actividades turísticas relacionadas com a Natureza, encontram nestes espaços um campo de desenvolvimento privilegiado, são também tipologias de exploração rentáveis que muito caracterizam os montados deste concelho. Foi neste quadro territorial repleto de potencialidades naturais que a apicultura encontrou o seu espaço privilegiado e daí a constituição da APIMORA)

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