Doces de Alcácer do Sal em votação no concurso “7 Maravilhas – Doces de Portugal”

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Pinhoadas de Alcácer do Sal e Queijadas do Torrão

Doces de Alcácer do Sal em votação no concurso “7 Maravilhas – Doces de Portugal”

A maravilhosa doçaria do concelho de Alcácer do Sal avançou mais uma etapa no concurso da RTP “7 Maravilhas – Doces de Portugal” e duas das suas candidaturas estão agora a votação pelo público: as Pinhoadas de Alcácer e as Queijadas do Torrão.

Até 17 de julho, data em que a RTP1 emitirá um programa a partir de Setúbal no qual se ficará a saber quais os doces que passam às meias-finais, poderá votar nas Pinhoadas através do contacto telefónico 760 107 081. O número das Queijadas é o 760 107 083, sendo que cada chamada tem o custo de 0,60€ + IVA.

As Pinhoadas são um doce tradicional de Alcácer do Sal, confecionado à base de pinhão e mel. Desconhece-se ao certo a sua origem, apontando alguns para raízes árabes e outros para o período romano; certo é que são o doce mais antigo de Alcácer. As Pinhoadas faziam-se na noite da Consoada, ao serão e em família. Os pinhões, à data, não tinham o valor comercial dos nossos dias, pelo que eram apanhadas pinhas, descascados os pinhões um a um e torrados em casa, sendo esta uma atividade familiar. As pastas de mel e pinhão eram feitas pelas senhoras da casa, cortadas e colocadas em folhas de laranjeira. Com a intensificação do trânsito para o Algarve nos anos 80/ 90 do século XX, as Pinhoadas tornaram-se sobejamente conhecidas e são, até hoje, uma das principais recordações que os visitantes levam de Alcácer do Sal. Aldegundes Freitas é uma das principais doceiras a confecionar esta iguaria.

As Queijadas são um dos doces conventuais mais antigos de Portugal. D. Maria Teresa Coelho, filha de um padeiro do Torrão, terá começado a vendê-las por volta de 1935/ 1940 com a ajuda das freiras do convento de Santa Clara, que lhe ensinaram o segredo deste e outros doces conventuais. Esta ordem monástica foi uma das mais importantes a manter ao longo da Idade Média uma tradição culinária com origem no Império Romano. Em 1990 Palmira Carapinha, que trabalhou com D. Maria Teresa Coelho, deu continuidade ao fabrico desses doces conventuais que continuam a ser fabricados de acordo com as receitas originais.