Évora/Água: Empresa Águas do Centro Alentejo diz que excesso de alumínio verificou-se na água bruta captada

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evoraÉvora, 07 Jan (Lusa) – O presidente da administração da Águas do Centro Alentejo revelou hoje que o excesso de alumínio na albufeira do Monte Novo (Évora) se verificou na água bruta para captação tendo atingido as 350 microgramas por litro.

“Na água bruta (não tratada), houve vários parâmetros que ultrapassaram o que é normal. O nível de alumínio atingiu as 350 microgramas por litro”, explicou Artur Magalhães, quando, na água para consumo humano, o valor não pode ultrapassar as 200 microgramas por litro.

O responsável falava durante uma visita com jornalistas à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Monte Novo, que serve o concelho de Évora, um dia depois de ter sido interrompido o abastecimento público à cidade.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, assegurou que o abastecimento de água aos cerca de 50 mil habitantes da cidade ficou normalizado hoje de manhã, registando-se apenas alguns casos de falta de pressão.

“A água bruta era de uma qualidade insusceptível de ser tratada da forma como estávamos habituados a tratá-la. As suas características variaram de forma surpreendente”, alegou Artur Magalhães, garantindo desconhecer os motivos dessas variações.

“Vamos ter de estudar aquilo que aconteceu”, acrescentou.

Em relação ao tratamento da água, o responsável afirmou que a empresa “não tem nenhuma autocrítica a fazer” e garantiu que se trata de uma “óptima água para consumo humano” e que “as pessoas não têm de ter qualquer espécie de preocupação”.

O presidente da empresa, responsável pela captação, tratamento e distribuição em alta da água a Évora, disse que, apesar da baixa qualidade da água captada, “a água fornecida nunca ultrapassou os parâmetros legais que estão consagrados para distribuição e consumo humano”.

“Fizemos o corte porque a nossa primeira preocupação é a qualidade da água que distribuímos e a saúde das populações e, por isso, não lançamos, em circunstância nenhuma, na rede pública água com características fora dos limites”, frisou.

Afirmando que o abastecimento de água a Évora “está praticamente regularizado”, Artur Magalhães escusou-se a garantir “a 100 por cento que não possam acontecer, nos próximos tempos, situações semelhantes”.

“Em princípio, não haverá mais situações destas. Mas isso implica estudar profundamente aquilo que aconteceu e tomarem-se as medidas para evitar que volte a acontecer”, disse.

Durante a visita, onde foi explicado todo o processo desde a captação de água até à injecção na rede, os responsáveis da Águas do Centro Alentejo mostraram ainda as lamas provenientes do tratamento da água, que são compactadas e enviadas para aterro.

SYM.

Lusa/Tudoben

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