Jornal “Linhas de Elvas” esclarece sobre comunicado da PSP

Views: 694

Publicamos na integra comunicado de imprensa enviado pelo OCS “Linhas de Elvas” com esclarecimento sobre nota da Polícia de Segurança Pública de Portalegre publicado na Rádio Campanário e segundo o Jornal Linhas de Elvas, com um “título falso, ofensivo e lesivo”.

 

“O comando distrital da Polícia de Segurança Pública de Portalegre decidiu usar, no pretérito dia 21 de janeiro, o canal que habitualmente utiliza para difundir os seus comunicados de actividade operacional, para “prestar esclarecimentos”, segundo as suas próprias palavras, relativamente a um texto publicado numa coluna de opinião da versão impressa do Jornal Linhas de Elvas.

Apesar de não ser uma reposição de verdade, dado que a PSP não só confirma tudo o publicado como ainda acrescenta outros danos sofridos pela viatura policial aquando da situação descrita, a força policial entendeu não utilizar o direito que a Lei de um país democrático lhe confere (o Direito de Resposta), endereçando-o pelos canais próprios, dirigido o mesmo ao Órgão de Comunicação Social onde o texto foi publicado, mas sim utilizar esta via, anexando TODOS os OCS’s da sua lista. Este procedimento é inédito e só o Comando poderá explicar o porquê deste seu procedimento. Mas não é esse o propósito deste comunicado.

Na posse do referido ESCLARECIMENTO, que cada órgão recebeu, a Rádio Campanário decidiu publicá-lo na integra, não seguindo a mais elementar e ancestral regra do jornalismo que é ouvir todas as partes envolvidas na matéria em questão. Ao fazê-lo, para além de não ter seguido o que a ética e o rigor profissional assim o exigem, ainda lhe colocou um título falso, ofensivo e lesivo, e NÃO UTILIZADO PELA PRÓPRIA PSP, para com um seu “colega” de profissão. Além do mais, e atendendo, igualmente, a que o texto inicial da rubrica “Zé de Melo” só foi publicado em papel, limitou-se, a referida rádio, dirigida por Augusta Serrano, a não o incluir, limitando os seus leitores ao apresentar-lhes APENAS uma versão dos acontecimentos induzindo-os em erro, condicionando-lhes o contraditório não lhes permitindo ajuizar livremente, numa clara tentativa de denegrir este jornal.

O Linhas irá, dentro dos serviços jurídicos da Associação Portuguesa de Imprensa, utilizar os meios legais para repôr a verdade e, caso tal não seja acatado, será o assunto endereçado para procedimento criminal.

Com mais de 70 anos de actividade, este semanário já se viu confrontado, até ao 25 de Abril de 1974, por diversas formas de censura e de perseguição policial e outras formas de informar por encomenda, que eram apanágio de um Estado ditatorial e sem regras a respeitar por TODOS, onde, felizmente, já não vivemos!!”