Jornal “Linhas de Elvas” esclarece sobre comunicado da PSP
Publicamos na integra comunicado de imprensa enviado pelo OCS “Linhas de Elvas” com esclarecimento sobre nota da Polícia de Segurança Pública de Portalegre publicado na Rádio Campanário e segundo o Jornal Linhas de Elvas, com um “título falso, ofensivo e lesivo”.
“O comando distrital da Polícia de Segurança Pública de Portalegre decidiu usar, no pretérito dia 21 de janeiro, o canal que habitualmente utiliza para difundir os seus comunicados de actividade operacional, para “prestar esclarecimentos”, segundo as suas próprias palavras, relativamente a um texto publicado numa coluna de opinião da versão impressa do Jornal Linhas de Elvas.
Apesar de não ser uma reposição de verdade, dado que a PSP não só confirma tudo o publicado como ainda acrescenta outros danos sofridos pela viatura policial aquando da situação descrita, a força policial entendeu não utilizar o direito que a Lei de um país democrático lhe confere (o Direito de Resposta), endereçando-o pelos canais próprios, dirigido o mesmo ao Órgão de Comunicação Social onde o texto foi publicado, mas sim utilizar esta via, anexando TODOS os OCS’s da sua lista. Este procedimento é inédito e só o Comando poderá explicar o porquê deste seu procedimento. Mas não é esse o propósito deste comunicado.
Na posse do referido ESCLARECIMENTO, que cada órgão recebeu, a Rádio Campanário decidiu publicá-lo na integra, não seguindo a mais elementar e ancestral regra do jornalismo que é ouvir todas as partes envolvidas na matéria em questão. Ao fazê-lo, para além de não ter seguido o que a ética e o rigor profissional assim o exigem, ainda lhe colocou um título falso, ofensivo e lesivo, e NÃO UTILIZADO PELA PRÓPRIA PSP, para com um seu “colega” de profissão. Além do mais, e atendendo, igualmente, a que o texto inicial da rubrica “Zé de Melo” só foi publicado em papel, limitou-se, a referida rádio, dirigida por Augusta Serrano, a não o incluir, limitando os seus leitores ao apresentar-lhes APENAS uma versão dos acontecimentos induzindo-os em erro, condicionando-lhes o contraditório não lhes permitindo ajuizar livremente, numa clara tentativa de denegrir este jornal.
O Linhas irá, dentro dos serviços jurídicos da Associação Portuguesa de Imprensa, utilizar os meios legais para repôr a verdade e, caso tal não seja acatado, será o assunto endereçado para procedimento criminal.
Com mais de 70 anos de actividade, este semanário já se viu confrontado, até ao 25 de Abril de 1974, por diversas formas de censura e de perseguição policial e outras formas de informar por encomenda, que eram apanágio de um Estado ditatorial e sem regras a respeitar por TODOS, onde, felizmente, já não vivemos!!”

