Automóvel: Delphi reúne-se com sindicatos para debater futuro da unidade de Ponte Sôr

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portalegrePortalegre, 19 Out (Lusa) – O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) anunciou hoje que a administração da multinacional norte-americana Delphi vai reunir-se com várias estruturas sindicais, na quinta-feira, em Lisboa, para debater o futuro da unidade de Ponte Sôr (Portalegre).

Em declarações à agência Lusa José Simões, do SIMA, confirmou que foi “convocado” para uma reunião, juntamente com outras estruturas sindicais, desconhecendo os pontos que vão marcar a ordem de trabalhos.

“A reunião decorrerá quinta–feira, na sede da Delphi, em Lisboa, pelas 10:30 e está relacionada com a unidade de Ponte de Sor, não sabemos é o que vai ser discutido”, disse.

Contactada pela Lusa a porta-voz da Delphi, Elisabete Henriques, também não quis adiantar mais pormenores sobre o encontro.

A administração da multinacional norte-americana Delphi anunciou no final de 2008 que mantinha o processo de despedimento colectivo na fábrica de Ponte de Sor e que iria decorrer até ao final do primeiro semestre de 2009, situação que não se verificou

Na altura a administração da Delphi anunciou também que a manutenção da fábrica por mais uns tempos naquela cidade alentejana resultava de uma “suspensão da transferência” dos negócios, por razões ligadas à turbulência que se vivia no mercado automóvel.

A fábrica de Ponte de Sor, que emprega 439 operários efectivos, produz apoios, volantes, airbags, mecanismos para portas de correr automatizadas e sistemas de protecção de ocupantes para vários modelos de veículos automóveis.

Em Outubro de 2008, a administração da Delphi tinha informado a comissão negociadora sindical de que já não era possível encerrar a unidade a 30 de Dezembro, remetendo o fecho para o final do primeiro semestre de 2009.

A Delphi justificou, na altura, que o adiamento do fecho da unidade fabril devia-se ao facto de ter surgido uma nova encomenda que teria de ser produzida naquela unidade.

O adiamento surgiu depois de a administração e os representantes dos operários terem chegado a acordo quanto ao valor das indemnizações, na sequência de um processo negocial que se prolongou ao longo de vários meses.

De acordo com José Simões, ambas as partes acordaram, a 17 de Outubro, uma indemnização a atribuir aos operários de dois salários por cada ano de trabalho, além de “outras compensações” pelo fecho da unidade fabril.

HYT

Lusa/Fim

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