Barragens vão criar 3.400 empregos este ano e ajudar a baixar o défice

Views: 784

barragem1O Governo diz que os investimentos em barragens vão criar 3.400 postos de trabalho só este ano, indica a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2010.

“Os investimentos em barragens dão ainda um contributo importante em termos de emprego, estimando-se que criarão, de acordo o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, mais do que 18 mil postos de trabalho entre 2007 e 2014, dos quais 3.400 em 2010”, indica o texto ao qual a Lusa teve acesso.

O Executivo também considera que “num contexto em que o preço da energia deverá subir a médio e longo, os investimentos em barragens apresentam um interessante potencial de contributo para o crescimento”.

A proposta salienta que este plano das barragens “não implica acréscimos de despesa para o Estado”, já que “o valor da energia gerada pelos novos equipamentos consegue financiar as despesas de investimento, permitindo que este seja realizado por concessão a privados”.

As novas barragens, estima mesmo o Governo, podem mesmo “contribuir para reduzir a dívida pública”, uma vez que “as concessões incluem o pagamento de transferências para o Estado”.

Noutras linhas para o sector da energia, o Governo tem como objectivo para 2010 “continuar a construção das eólicas já adjudicadas, prevendo-se a instalação de mais 700 megawatts de capacidade eólica” bem como criar “condições para o aumento de cerca de 400 megawatts de potência através do sobre-equipamento dos parques eólicos já existentes”.

Também este ano, “será assinado o contrato de concessão com a REN [empresa que gere as redes de transporte de electricidade e gás] da zona-piloto do parque de ondas ao norte de Peniche, para o desenvolvimento de projectos de energia das ondas, visando ter as infra-estruturas necessárias concluídas em 2012”.

No solar, este ano vão ser adjudicados concursos para novos projectos de “energia solar de concentração”, nova tecnologia renovável em fase de demonstração com a qual o Governo espera “transformar Portugal num laboratório de experiências tecnológicas”.

No que diz respeito ao investimento em redes inteligentes de distribuição de electricidade (smart grids), o Governo recorda que no segundo trimestre de 2009 foi lançado um projecto-piloto com 600 lares cobertos “para demonstração e validação da tecnologia”, tendo sido desenvolvido durante o resto do ano “toda a fase de concepção, design, prototipagem e teste do conceito”.

“Actualmente está a ser concluído o teste tecnológico, esperando-se para Fevereiro de 2010 o lançamento do alargamento do projecto de forma mais estruturada, com a implementação de 50.000 unidades, das quais 31.000 vão servir para testar o sistema junto dos consumidores no concelho de Évora”, indica o texto.

O investimento da fase do caso de estudo desta smart-grid em 2010 está estimado em 15 milhões de euros.

NVI.

Lusa/Tudoben

Comments: 0