Portalegre/Estradas: Empresários de Portalegre apelam ao Governo para reconsiderar suspensão da concessão rodoviária do Alto Alentejo

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estrada_caiaPortalegre, 11 fev (Lusa) – O Núcleo Empresarial da Região de Portalegre (NERPOR) apelou hoje ao Governo, através de uma “carta aberta”, para que seja revista a decisão de suspender as concessões rodoviárias previstas, nomeadamente a do Alto Alentejo.

O documento, que apela ao Estado que “reconsidere” a sua posição para que seja construída a Auto-estrada do Alto Alentejo, que ligaria a A23 a Portalegre, foi hoje entregue ao governador civil do distrito de Portalegre, Jaime Estorninho.

“Esta construção é prioritária e estruturante para conseguirmos minimizar o afastamento que temos, cada vez maior, das zonas do litoral e para minimizar as assimetrias existentes”, disse à agência Lusa o presidente do NERPOR, Jorge Pais.

Para o responsável do NERPOR, os critérios utilizados pelo Governo para suspender as concessões rodoviárias “não são justos” e “prejudicam” aquela região alentejana.

“Na minha opinião não é um critério que pareça justo, uma vez que a decisão passou por continuar a desenvolver os projetos que estão em andamento e os que não estão ainda nessa fase deixam-se de fazer”, sustentou.

De acordo com Jorge País, a construção da Auto-estrada do Alto Alentejo é “importante” para que existam ligações de “qualidade” e com “rapidez”, de modo a servir, entre outros aspetos, a Plataforma Logística que irá surgir no Caia (Elvas) e a estação do TGV na mesma zona.

“Se não houver esta ligação viária, esta situação vai anular em larguíssima medida o impacto positivo que esperávamos dessas obras (Plataforma Logística e TGV) para a região”, declarou.

Durante o encontro com o governador cvil de Portalegre ficou ainda decidido, por sugestão de Jaime Estorninho, realizar, em breve, uma reunião com um maior número de entidades locais para que surjam “ideias e medidas” em prol do desenvolvimento da região.

Na “carta aberta” entregue ao representante do Governo no distrito de Portalegre, a que a Lusa teve acesso, o NERPOR reivindica ainda que o Governo incentive os empresários a instalarem-se naquela região alentejana e a conceder-lhes alguns benefícios.

Assim, o NERPOR defende que o Governo deveria conceder às pequenas empresas a isenção total de impostos durante os primeiros três a cinco anos de vida, enquanto o seu volume de faturação não excedesse o valor de um milhão de euros por ano.

“Seria uma medida que não teria grandes custos para o Estado, seria uma medida inovadora e um sinal de força e de apoio ao esforço empreendedor”, concluiu.

HYT

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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