Santiago do Cacém: PJ constituiu arguidos director técnico e farmacêutica de Vila Nova de Santo André

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farmacia_imgSantiago do Cacém, 15 Dez (Lusa) – A Polícia Judiciária de Setúbal constituiu arguidos a farmacêutica e o director técnico de uma farmácia de Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, suspeitos de uma burla qualificada que lesou o Estado em mais de 700 mil euros.

Os dois arguidos, marido e mulher, terão sido responsáveis por “uma das mais gigantescas fraudes detectadas e cometidas, nos últimos anos, contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS), através do sector farmacêutico”, refere a PJ em comunicado.

“As investigações (…) permitiram o desmantelamento de uma autêntica fábrica de falsificação e contrafacção de receituário médico (e dos seus componentes)”, acrescenta o documento.

A PJ refere ainda que “foram obtidas avultadas comparticipações indevidas do Serviço Nacional de Saúde, por intermédio da Direcção-geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT)”, desde o ano de 2003.

A falsificação em série de receituário médico, designadamente, através da prescrição fraudulenta de medicamentos comparticipados a 100 por cento pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), falsificação de assinaturas de médicos e utentes e viciação de receitas originais obtidas junto dos Serviços Públicos de Saúdem, foram alguns dos expedientes utilizados pelos dois arguidos.

A alteração do nome dos medicamentos prescritos e o lançamento de medicamentos, na factura/recibo, à revelia do que tinha sido a prescrição médica, foi outra forma encontrada pelos dois suspeitos para ludibriarem o Estado português.

O director técnico da farmácia, que chegou a estar detido durante as investigações, mas que foi, entretanto, libertado, e a farmacêutica, aguardam agora pela dedução da acusação pelo Ministério Público, o que deverá acontecer no prazo de 10 dias.

GR.

Lusa/Fim

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